quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Capítulo treze - O tempo corre

O primeiro dia pareceu tão simples,sem grandes alardes, ela parecia tão bem, pena que este estado durou poucas, horas, mas infelizmente eu não pude impedir o que iria acontecer, apesar de tudo não podia simplesmente abandonar meu trabalho, sou o senhor dos sonhos, mas realmente não esperava que a menina se assustasse ou mudasse tão drasticamente de atitude em tão pouco tempo. De fato esperava que em um mês mais ou menos ela começasse a sentir falta de sua casa, mas assim? Foi realmente inesperado.

Logo que cheguei no castelo e fui ao seu encontro, nem ela nem meu caro assistente estavam mais lá, sabia que Enfihr não iria me trair, ele provavelmente estava as voltas com Isabelle, tentando encontrá-la sem se mostrar, afinal ele nunca foi alguém que gostasse de aparecer, o único com quem ele conversava era eu, seu mestre.

Acreditava que não seria tão complicado encontrar os dois, talvez Enfihr até tivesse deixado algumas pistas. Era assim que eu pensava até cruzar os portões. Era impressionante, meus olhos não acreditavam no que viam, o sonhar estava o caos, nada se parecia com o que fora a alguns instantes atras, parecia que Isabelle possuia mais dominio sobre o sonhar do que o que eu imaginava, ela que devia ter causado aquilo, mesmo que inconcientemente.

Parei um pouco para analisar a situação, sabia que se saisse de qualquer jeito era capaz que eu mesmo acabasse por me perder naquelas terras, e mesmo sendo o grande criador sei que juntas muitas algumas criaturas conseguiam ter mais poder que eu, não podia me arriscar, precisava de uma estratégia qualquer, uma maneira de não me perder e encontrá-los ao mesmo tempo.

A razão me mandava a força esperar, mas minha vontade era sair como um louco por aquelas terras, eu precisava encontrar minha pequena, ela também poderia estar em perigo, Enfihr não era assim tão poderoso a ponto de poder protege-la de qualquer mal, e Isabelle não sabia controlar seus poderes, isso poderia causar ainda mais desgraças.

Se eu tivesse pensado mais teria conseguido encontrar uma forma simples de encontrá-la, mas nestas horas nem mesmo o mais sensato dos homens consegue manter a mente serena para encontrar respostas, me via como um pai que perde sua filha, e precisa fazer algo, mesmo sabendo que talvez sentando e esperando possa ver sua filha voltar tranquilamente com um sorriso dizendo que tinha saido apenas para ver o sol se pôr.

Mas como era de se imaginar não me contive e cruzei a saída sem olhar para traz, sem ver o céu negro que se formava aos meus calcanhares, talvez se tivesse visto, mas neste momento nada importava, a ultima coisa que podia, era temer o que viria.

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